Ano da Fé 2012-2013



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Confissão

 - Confissão

 - Exame de Consciência

Confissão

 

 
1. Ninguém se arrepende de se confessar, tenha sido fácil ou difícil. Pergunta a qualquer católico praticante, ele dirá que a confissão é uma das melhores coisas de se ser católico. A paz de limpar tudo para trás, de admitir a culpa e de ouvir que estás perdoado mesmo daqueles pecados é indescritível. Recorda que não são os teus pecados que dizem que tu és. Porém, eles vão continuar a moer-te até que Cristo os apague na confissão.
 
2. Não interessa há quanto tempo não te confessas. A Bíblia – ou melhor, Jesus – diz, “Digo-vos Eu: haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão” (Lc 15,17). Garanto que não interessa quando foi a última confissão. O padre não te vai acusar e dizer "com que então andaste fugido, hem? Vai-te embora daqui!". Pelo contrário, quanto mais afastado tiveres estado, mais feliz vai ficar ao ver-te voltar. Se não sabes muito bem como é que é isso de te confessares, então há 2 coisas que podes fazer. >> Ler, descarregar, imprimir material que possa ajudar, como este >> Ir à confissão, e dizeres ao padre que.não fazes lá muita ideia do que é tens que fazer. Vai-te confessar e diz ao Padre que não fazes ideia do que estás a fazer. Vais ver que ele até vai ficar contente por te poder ajudar. Acredita que foi o que eu fiz nos meus dois primeiros anos como católico, porque eu era demasiado preguiçoso para ir aprender o que é que eu tinha de fazer para me confessar como deve ser. Nunca me repreenderam. Para além disso é costume as orações estarem numa folha no confessionário que lá puseram para nossa ajuda. 
 
3. Podes confessar-te sob anonimato A Igreja quer que todos nós possamos, se quisermos, confessar-nos sem que ninguém saiba . Isto é, em muitos confessionários podes ter a opção de te ajoelhares junto de uma pequena janela de grade ou rede apertada de tal maneira que o padre não te vê. Também podes preferir, diferentemente, sentar-te numa cadeira em frente do sacerdote. Se, ainda assim, receias ser reconhecido pela voz, sempre podes ir confessar-te noutra paróquia, embora para dizer a verdade nenhum padre vai ficar impressionado contigo ou te vai julgar. 
 
4. Não há nada que possas dizer que o padre não tenha já ouvido Depois de anos a ouvir confissões podes confessar o que quer que seja que o padre não se vai escandalizar. De certeza que já ouviu pior. 
 
5. O padre nunca pode falar sobre a tua confissão, NUNCA, nem mesmo contigo É verdade. É o chamado “sigilo sacramental da confissão” (sigilo = selo): o que é dito no confessionário fica (selado) no confessionário. O Código de Direito Canónico de 1983 diz no cânone 983§1, “O sigilo sacramental é inviolável; pelo que o confessor não pode denunciar o penitente nem por palavras nem por qualquer outro modo nem por causa alguma.” Chamo a atenção para este ponto, porque é mesmo importante. Uma vez estava-me a confessar com o meu director espiritual. Durante a confissão, ele pediu-me para eu lhe voltar a falar, na próxima conversa fora da confissão, sobre um dos pontos que eu referi na confissão. Eu disse, “Senhor Padre, se eu me esquecer, lembre-me!". Ele chamou-me logo à atenção que isso não ia acontecer porque ele não podia referir nada que ouvisse numa confissão, mesmo que fosse falando comigo sobre coisas que tinha sido eu a contar. A Igreja insiste nisto por algumas razões. A melhor delas é para te sentires confortável e seres 100% sincero na confissão, sem estares preocupado de que algo seja revelado fora do confessionário. É um generoso dom que a Igreja nos deu e que vale a pena aproveitar. by Ryan Eggenberger

Exame de consciência

 

 São Paulo exorta a um exame de consciência: "Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignadamente será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação" (1 Cor 11,27-29).

 Oração para antes da Confissão: Senhor, iluminai-me para me ver a mim próprio tal como Vós me vedes, e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efectivamente dos meus pecados. O Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão.

        Como se Confessar: Antes de mais, examine bem a sua consciência. Em seguida, diga ao sacerdote que pecados específicos cometeu, e, com a maior exactidão possível, quantas vezes os cometeu desde a sua última boa confissão. 

 


  Exame de Consciência

Sem o exame de consciência (não só para a confissão, mas diário) não há progresso na vida cristã. Como posso ser melhor se não atendo ao que fiz de mal no dia-a-dia?
Não é só ver os pecados que fiz. Deve ser antes uma oração: rezar a minha vida, o meu dia a dia, diante de Deus. É ver-me à luz de Deus com o meu lado bom (dons, trabalhos, esforço, o bem que fiz e as graças que recebi de Deus) e o meu lado negativo (gestos maus, quedas, faltas de amor, omissões, isto é, o que não fiz e devia ter feito).

I. Face a Deus
"Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças". (Deuteronómio 6:5)

Que importância tem Deus na minha vida? Procuro-O? Esforço-me por crescer na fé e ultrapassar as minhas dúvidas? Rezo a Deus? Regularmente? Diariamente? Procuro evitar as distracções durante a oração, ou faço o possível por não "estar lá"?
Esforço-me por conhecer sempre cada vez melhor a Jesus Cristo?
Tenho aproveitado o sacramento da confissão para crescer no amor de Deus, tornando-me melhor? Sempre que caio em pecado mortal ou noutro pecado (cortando assim a minha relação com Deus), procuro logo que possível confessar-me e voltar para Deus?
Confesso-me ao menos uma vez por ano?
Aos Domingos e Festas vou à missa? Ou sempre que posso não vou?
Participo na missa inteira ou já aponto para chegar atrasado ou sair a meio?
Procuro estar com atenção e participar na celebração, ou estou distraído?
Comungo habitualmente (ao menos pela Páscoa)?
Como é o meu ser cristão? Escondo-me e tenho vergonha, ou procuro preparar-me para ajudar os outros na fé e na vida cristã?

II. Face ao próximo
"É este o meu mandamento, que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei". (João 13:34)

Face aos outros, a minha atitude é em geral de amor ou de desprezo?
Estou zangado ou de relações cortadas com alguém?
Procuro ser simpático e servir os outros, ou estou sempre a mandar neles? Evito conflitos, ou estou sempre a tecer intrigas e a criticar os outros pelas costas?
Sou egoísta, ou procuro amar o próximo?
Sou mentiroso, ou invejoso?
Dou alguma atenção especial àquele que precisa (doentes, velhinhos, pobres)?
Como são as minhas relações com os meus colegas, superiores, família (especialmente pais e filhos)?
Estraguei de propósito alguma coisa dos outros? Roubei alguma coisa?
Respeitei o corpo humano? Fiz mal a alguém batendo ou ferindo? Respeito o meu sexo? Não tenho relações sexuais fora do casamento? Evito alimentar pensamentos e desejos impuros? Afasto-me de revistas e filmes pornográficos?
Quando cometo alguma falta aceito a minha responsabilidade, ou desculpo-me atirando para os outros as culpas daquilo que fiz?

III. Face a mim mesmo
"Sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai do Céu". (Mateus 5:48)

Sou egoísta, orgulhoso, caprichoso e avaro, ou esforço-me por me dedicar aos outros, sendo simples, simpático e generoso? Sou cuidadoso com o meu vocabulário, evitando escandalizar e ofender os que estão comigo, ou digo palavrões e insulto os outros?
Respeito o meu corpo? Olho-o castamente, ou vejo-o como um mero instrumento de prazer sensual? 
Como emprego o meu tempo? Esforço-me por o não desperdiçar? Como estudo ou trabalho? Com preguiça, ou com consciência de que aquilo que faço é importante também na minha relação com Deus? 
Como com moderação, ou sou guloso e ganancioso? Dedico-me às coisas importantes da vida, ou sou vaidoso e fútil?

IV. Face ao Mundo
"E Deus vendo toda a sua obra [a criação] considerou-a muito boa". (Génesis 1:31)

Sou sensível à beleza da criação e esforço-me por encontrar a Deus através dela? Aprecio as coisas à minha volta ou consumo-as apenas...? A minha passagem por um lugar bonito caracteriza-se por não o estragar (lixo, barulho, atitudes que perturbem)?
Respeito a natureza como a casa que Deus me dá, ou, responsavelmente, poluo o lugar onde vivo? Procuro manter-me informado e preferir os produtos "amigos do ambiente" ou tanto me faz, desde que não tenha chatices?
Vivo a minha vida numa ganância de enriquecimento (no estudo ou no trabalho) ou preocupo-me por me situar numa lógica de realização pessoal, de partilha dos bens e de serviço aos outros? Crio em mim uma atenção pelos menos favorecidos, pela justa distribuição da riqueza? Que faço para conhecer a doutrina social da Igreja?

Acto de Contrição
Meu Deus,
Porque sois tão bom,
Tenho muita pena de Vos ter ofendido. 
Ajudai-me a não tornar a pecar.